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quinta-feira, março 03, 2016

Caso de professora demitida que acusa o UniCeub de homofobia volta ao TRT

Rose May Carneiro dava aulas no centro universitário quando recebeu a notícia de seu desligamento por ter um “relacionamento imoral”. Após 14 anos, o caso seria julgado no TST nesta quarta-feira (2/3), mas a Corte remeteu o processo à instância inferior

aso de Rose May Carneiro, professora do Centro Universitário de Brasília (UniCeub) demitida supostamente por sua orientação sexual, ainda não chegou ao fim. Em sessão no Tribunal Superior do Trabalho (TST) na manhã desta quarta-feira (2/3), foi definido que o caso deve voltar ao Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região (TRT-10).

Durante a sessão do TST, o ministro João Oreste Dalazen afirmou que não poderia julgar o caso por falta de subsídios no acórdão — documento no qual deveria estar a afirmação de que o desligamento de Rose foi discriminatória. A professora afirmou ao Metrópoles que recorrerá da decisão e que não desistirá da batalha judicial. “A verdade há, sim, de prevalecer. Continuo com a minha luta”, disse.

Histórico
Em 2002, Rose dividia seu trabalho no UniCeub entre ministrar aulas no curso de publicidade e propaganda e dar suporte a outros colegas na agência de notícias da instituição. Na manhã do dia 11 de junho daquele ano, a coordenadora da faculdade decidiu promovê-la a professora assistente, e comunicou a decisão aos demais docentes. Em questão de horas, a história que começou como a chance de ascensão profissional teve uma reviravolta inesperada. Na tarde do mesmo dia, Rose recebeu um telefonema informando que ela havia sido demitida.

Em busca dos motivos para o desligamento, Rose conversou com o diretor da Faculdade de Comunicação à época e soube que a ordem havia “vindo de cima”. “Ele me disse que o secretário-geral do UniCeub havia me demitido por conta do meu ‘relacionamento imoral’ e que havia pessoas incomodadas pelo fato de que eu era homossexual”, conta a professora, que gravou a conversa.

Assim, a professora passou os últimos 14 anos, em uma verdadeira batalha judicial constra o centro de ensino nas Cortes até chegar à instância superior.

do Portal Metrópoles

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